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Nocas

"To live is the rarest thing in the world. Most people exist, that is all." —Oscar Wilde

Nocas

"To live is the rarest thing in the world. Most people exist, that is all." —Oscar Wilde

adeus 2016!

Este ano foi, sem sombra de dúvidas, um dos anos mais felizes da minha vida. Todas as experiências que tive, todos os lugares que visitei e todas as pessoas que tive o prazer de conhecer, transformaram-no num dos mais inesquecíveis e especiais.

 

Contudo, 2017 é já amanhã e como o passado já lá vai, achei que hoje seria um óptimo dia para falar dos meus planos, desejos e ambições para o próximo ano. Aqui vai:

 

  1. Não à procrastinação. Agora que entreguei a tese de Mestrado, sinto que tenho demasiado tempo livre e que não o estou a rentabilizar da melhor forma. Chega de não fazer nada! 
  2. Ler mais. Se bem me recordo, li um livro em 2016. Vergonha... Muita vergonha... Por isso, este ano comprometo-me a ler, pelo menos, um livro por mês.
  3. Escrever mais. Um ou dois posts por semana já não era mau.
  4. Correr mais. Principal objetivo: 10 km em menos de 1 hora.
  5. Comer melhor. Menos açúcar, menos gordura saturada. Beber refrigerantes, no máximo, uma vez por mês. Fast-food, idem idem aspas aspas. Preparar semanalmente um plano alimentar equilibrado.
  6. Beber água, muita água. Diariamente, 1,5 a 2 litros de água (ou chá).
  7. Falar alemão. Não é nada fácil, mas também não é impossível. Neste momento estou no nível A1 (muito próximo do A2, acredito eu), mas o meu grande objetivo para daqui a 6 meses é que seja B1. Bitte!!
  8. Conhecer um novo país. Considero-me uma sortuda por já ter tido a oportunidade de conhecer quase duas mãos cheias de países, mas não me considero totalmente satisfeita. Se há oportunidade para tal, porque não?
  9. Projecto Nordstern. Vamos chamá-lo assim. Um dos grandes objectivos para 2017 é desenvolver o meu próprio projecto na instituição onde estou a trabalhar. Só preciso da ideia.
  10. Ser feliz. Cliché!

 

Que sejas muito bem-vindo, 2017!

primeiro dia (parte dois)

Quando cheguei a Frankfurt (Oder) passavam já 45 minutos da hora prevista inicialmente. Estava planeado ter alguém à minha espera, mas não sabia quem e, muito menos, como eram. Olhei em redor da plataforma, mas nada. Não havia ninguém com cara de quem esperasse alguém. Sabia que tinha dito em que plataforma chegaria. Pânico. Será que se tinham esquecido de mim? Será que não se tinham esquecido, mas assumiram que não vinha? No fim de contas, estava 45 minutos atrasada e não tinha enviado qualquer mensagem a avisar...

 

Após certificar-me que não havia qualquer pessoa na plataforma, decidi então descer até à entrada da estação. Sentia incerteza e, principalmente, receio. A verdade é que não tinha conhecimento do aspecto físico das pessoas que me esperariam e receava que elas também não o tivessem acerca de mim. Para além disso, assombrava-me a ideia que não teria ninguém à minha espera. Era tarde, a bateria do telemóvel estava prestes a acabar e já tinha tido provas que afinal nem todos os alemães falavam inglês - pânico, outra vez.

 

Ao aproximar-me da entrada, avistei duas pessoas a olharem fixamente para mim. As suas caras diziam que esperavam alguém, mas não sabiam quem. Presumi que fosse eu e dirigi-me então a elas. Traziam um ramo de flores e um sorriso que foi mais que suficiente naquele momento. Quando chamaram pelo meu nome, sorri de volta e senti um alívio tão grande, que todo o cansaço, fome e sono que sentia até então tinham desaparecido. Estava radiante!

 

Levaram-me até ao hostel onde ficaria hospedada durante o tempo de voluntariado. Mostraram-me o meu quarto e a casa-de-banho e encomendaram pizza para que eu pudesse finalmente jantar. Após terem a certeza que estava tudo bem comigo, disseram-me para estar pronta às 10 da manhã e desejaram-me Gute Nacht! (= Boa noite!). O cansaço acabou então por levar a melhor e, poucos minutos após a sua saída, adormeci.

 

primeiro dia (parte um)

A minha primeira semana em Frankfurt (Oder) pode bem ser resumida numa só palavra: pânico. 

 

Tudo começou no primeiro dia, na viagem entre Hamburgo (onde aterrei) e Frankfurt. O plano era simples: apanhava o comboio até Berlim e aí trocaria para um que me levaria ao tão desejado destino. O bilhete fora comprado umas semanas antes, de forma a assegurar um preço adequado ao orçamento que tinha disponível para a viagem, e era acompanhado por um documento com informações acerca do itinerário, nomeadamente, as estações de embarque e desembarque e as respectivas horas de partida e chegada e plataformas. Era claro, pensava eu: apenas teria de trocar uma vez, em Berlim.

 

Mas claramente, não era assim tão claro. Após sair em Berlim, dirigi-me à plataforma onde apanharia então o comboio para Frankfurt. No documento estava implícito que não era necessário trocar novamente, pelo que não me preocupei em verificar onde Fürstenwalde (estação-destino do comboio) era. Assumi que era após Frankfurt. Assumi mal. Quando dei por mim, tinha chegado a Fürstenwalde e sem sinal de Frankfurt. Tinha a certeza que nenhuma das estações pelas quais o comboio tinha passado era Frankfurt. E tinha a certeza que, onde eu estava, não era Frankfurt. 

 

Estava em pânico. Estava frio, era de noite e sabia que não chegaria no comboio que era expectável chegar. Mandei mensagem ao meu namorado (que é alemão), mas nada. Provavelmente, ainda estava no comboio e sem rede, pensei eu. Pensei mandar mensagem às pessoas da instituição de acolhimento, mas sabia que provavelmente receberia uma resposta em alemão, o que não me ajudaria nesse momento. Tentei então perguntar a alguém na estação. Ninguém falava inglês, pelo que o meu alemão (cof cof) teria de ser suficiente. Sabia dizer o nome da cidade para onde queria ir, plataforma (porque estava escrito no documento do itinerário) e os números.

 

Foi suficiente e, ainda que atrasada, cheguei a Frankfurt. 

sobre mim

Olá! Daqui é a Inês e escrevo-vos do outro lado da Europa, mais especificamente, de Frankfurt (Oder), uma pequena cidade alemã junto à fronteira com a Polónia. No próximo dia 5 de Novembro, faz hoje 2 meses desde que embarquei (muito provavelmente) na maior loucura (até agora) da minha vida. Para celebrar (antecipadamente), decidi iniciar um blog, de forma a poder transmitir-vos como tem sido (e como será) esta aventura.

 

Tudo começou em meados de Maio, quando escrevia a minha tese de Mestrado. Tinha ainda quatro meses pela frente, mas já me encontrava a realizar alguns processos de recrutamento e selecção. Sabia que o final da minha vida académica se aproximava e que o próximo passo seria o mercado de trabalho. Contudo, após algumas rejeições, comecei a pensar qual seria o meu problema. O meu percurso académico não poderia ser - tinha frequentado uma das melhores escolas de gestão do país e até terminei (ou ia terminar), tanto a licenciatura, como o mestrado, com uma boa média. Portanto, deduzi que o problema seriam as minhas soft skills. As entrevistas e, principalmente, as dinâmicas de grupo nas quais participei exigiam que fosse uma pessoa confiante, comunicativa e com uma boa gestão de stress. Não o fui. E comecei a duvidar que o fosse tão rapidamente.

 

Pensei então em alternativas. Não haviam muitas. Pensei em fazer voluntariado na Ásia. Mas exigiam dinheiro. Pensei em fazer voluntariado na América Latina. Mas exigiam dinheiro. Não podia (e não queria) continuar dependente do dinheiro do meu pai e todos estes destinos fora da Europa exigiam que pagasse uma (boa) quantia de dinheiro por apenas umas semanas. Mas a União Europeia tem coisas fixes e o voluntariado é uma delas. No início duvidei, mas após alguma pesquisa comecei a ficar entusiasmada. 

 

O Serviço de Voluntariado Europeu é um programa de voluntariado a tempo inteiro dirigido aos jovens entre os 18 e os 30 anos, num país que não o de residência e com uma duração até 12 meses. As áreas abrangidas são diversas, tais como ambiente, desporto, serviço social ou arte. O melhor é que inclui viagem de ida e volta (até uma certa quantia, consoante a distância entre a organização de envio e a de acolhimento), alojamento, alimentação, seguro, transporte do alojamento até ao local de trabalho, apoio linguístico e uma pequena quantia de "dinheiro de bolso" (que varia consoante o custo de vida de cada país).

 

Era o que precisava: obrigava-me a arriscar e a sair da minha zona de conforto. Escolhi candidatar-me a um centro juvenil na Alemanha. Aprender alemão era desafio suficiente, mas ter que lidar com crianças que apenas falam alemão, obrigava-me, definitivamente, a sair da minha zona de conforto, a ser mais confiante, mais comunicativa e, sem dúvida, a aprender a gerir o stress.

 

Era o que eu precisava. E é onde eu estou agora.

portugal, braga

 

Eram 11 horas de um dia cinzento de Verão. Tínhamos decidido conhecer um pouco da zona e o primeiro local escolhido tinha sido o Santuário do Bom Jesus do Monte (ou de Braga).

 

Dedicado ao Senhor Bom Jesus, o Santuário é um fabuloso conjunto de arquitectura e paisagismo, constituido por uma Igreja, um escadório onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, um parque, alguns hóteis e um funicular (Elevador do Bom Jesus). 

 

 

 

'copos' de lasanha

Pois é, já é segunda-feira... Ainda ontem já estava a celebrar o início do fim-de-semana e, puff!, já passou. Como eu sei que este é o pior dia da semana, trago-vos aqui uma receita que vos vai animar um pouco. É certo que dá mais trabalho que as pré-cozinhadas, mas no final valerá cada minutinho (bem) gasto do vosso tempo. Prontos?

 

 

 Receita e fotos originais em laurenslatest.com

frittata de cebolinho

Hoje é domingo e, pelo menos para mim, é sinónimo de "não me acordes antes do meio-dia". Por isso mesmo, trago-vos aqui a esta receita que descobri ontem. Vou ser sincera, há uns meses atrás tentei fazer uma tortilha. Sim, "tentei". A primeira saiu queimada, a segunda em papa. Por isso, nunca mais me atrevi a tentar. Contudo, hoje vou arriscar e trago aqui uma frittata, que não sendo a mesma coisa, assemelha-se em muito com a tortilha (esta baseia-se, para além dos ovos, em batata).

 

Receita e fotos originais em loveandlemons.com